segunda-feira, 28 de novembro de 2011

SEMANA DE 21 A 25 DE NOVEMBRO


Mais uma semana decorrida, o tempo voa quando se faz aquilo que se gosta, é mesmo gratificante sentir que se esta a ir no bom caminho.

Por falar em caminho, através do meu blogue irei dar-vos a conhecer os trilhos da Saúde Ambiental percorridos ao longo desta semana.



Juntamente com a orientadora de estágio, participei na elaboração do relatório resultante da vistoria a uma Escola Básica Integrada existente no concelho.

O relatório, no qual irão referenciadas todas as anomalias detectadas durante a vistoria, será enviado a todas as entidades que são responsáveis pelo funcionamento da escola, nomeadamente, Empresa responsável pelo confecção de refeições, Câmara Municipal, Direcção da escola e Direcção Regional de Educação, com o objectivo destes se inteirarem das mesmas, por forma a adoptar medidas e acções para colmatar os problemas.

O envio do relatório às respectivas entidades é o procedimento final do Técnico Saúde Ambiental, no que respeita à avaliação das condições de segurança, higiene e saúde dos estabelecimentos de educação e ensino.


Juntamente com alguns elementos da Unidade de Saúde Pública, participei numa sessão de Apresentação dos Planos de Gestão das Bacias Hidrográficas integradas na Região Hidrográfica 6 (Sado e Mira) e Região Hidrográfica 7 (Guadiana), promovida pela Administração da Região Hidrográfica do Alentejo (ARHAlentejo).


A Administração da Região Hidrográfica do Alentejo, I.P. entrou em funcionamento no passado dia 1 de Outubro de 2008.
A ARH do Alentejo, I.P., sediada em Évora, é um instituto público periférico integrado na administração indirecta do Estado, dotado de autonomia administrativa e financeira, e que prossegue atribuições do Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território, sob a superintendência e tutela do respectivo Ministro.
As Administrações de Região Hidrográfica foram criadas em cumprimento das orientações definidas na Lei da Água, que consagra o principio da região hidrográfica como unidade de planeamento e de gestão das águas, tendo por base a bacia hidrográfica com estrutura territorial, e possuem como missão, proteger e valorizar as componentes ambientais das águas, bem como proceder à gestão sustentável dos recursos hídricos no âmbito das respectivas circunscrições territoriais de actuação.

Neste contexto, todas as atribuições em matéria de recursos hídricos passaram a ser assegurados pelas ARH, I.P., cessando o regime transitório definido no artigo n.º 103 da Lei da Água, transitando deste modo, das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, o exercício das competências de licenciamento e fiscalização, bem como o exercício das restantes competências asseguradas neste período pelo Instituto da Água.

A área de jurisdição da ARH do Alentejo, I.P. integra 48 concelhos e abrange as regiões hidrográficas do Sado e Mira (RH 6), e do Guadiana (RH 7), sendo a respectiva delimitação geográfica efectuada pelas linhas georreferenciadas definidas no mapa constante do anexo I do Decreto-Lei nº 347/2007, de 19 de Outubro.

Fonte: www.arhalentejo.pt




Na sessão promovida por esta entidade foram abordados vários pontos:

  • Planos de Gestão das Bacias Hidrográficas integrados nas Regiões Hidrográficas 6 e 7;
  •  Caracterização e Diagnóstico das Bacias Hidrográficas e cenários Prospectivos;
  • Análise Económica dos Usos da Água;
  • Objectivos Ambientais e Programa de Medidas;
  • Implementação e Acompanhamento dos PGBH.


Para mim a sessão foi bastante interessante, sendo as RH 6 e RH7 as regiões que servem a nossa área de intervenção a nível de Saúde Pública, foi importante ficar com uma noção das perspectivas a longo prazo para estas Regiões Hidrográficas, nomeadamente, no que respeita a investimentos financeiros para a implementação de medidas e acções de melhoramento da qualidade da água (água para consumo humano, rega, sector energético), os custos da água e a sua evolução (relação custo-beneficio, relação gastador-pagador), também os factores que colocam aquíferos em risco, objectivos ambientais propostos para estas regiões hidrográficas, etc.

Conhecendo a importância da água como elemento essencial à vida, fiquei agradado com os níveis da quantidade e qualidade das águas quer superficiais, quer subterrâneas, nas Regiões Hidrográficas do país e especialmente nas que servem o meu concelho.






Com a orientadora de estágio, debatemos a check-list a utilizar nas vistorias às clínicas e consultórios dentários, com o objectivo de nos inteirarmos dos vários pontos que a constituem, garantindo uma melhor orientação nas vistorias que se irão efectuar. 




Nesta semana debateu-se o tema da higiene e boas práticas de trabalho em estúdios de tatuagens e piercing.

3 DE MAIO DE 2011
Avaliação da higiene e práticas de trabalho em estúdios de tatuagem e perfuração.

Por: Sara Teixeira, Marisa Freitas, Matilde Rodrigues, Manuela Vieira da Silva.

Nos últimos anos o número de pessoas que aderiu  à aplicação de tatuagens e piercings aumentou significativamente. Ambas as técnicas são invasivas e fragmentam a integridade da pele. Se não forem contempladas condições apropriadas em termos de instalações, funcionamento, boas práticas de higiene e medidas que minimizem o potencial de contaminação…
...os clientes e profissionais deste tipo de estabelecimentos estão expostos a vários riscos, nomeadamente químicos e biológicos.

O objectivo deste estudo foi avaliar o grau de higiene e de conhecimento dos profissionais relativamente aos procedimentos e medidas de prevenção utilizadas nestas práticas. Foi aplicada uma check-list,  para avaliar as condições estruturais e higio-sanitarias dos estúdios, e um questionário para avaliar o nível de formação e conhecimento dos profissionais sobre procedimentos de controlo de infecção e Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SHST). Foi ainda estudado o grau de contaminação microbiológica das superfícies e equipamentos de trabalho.

Ao nível estrutural foram encontradas não conformidades relacionadas com a inexistência de separação física entre as salas de realização de tatuagens,  piercings e esterilização (60%) e a inexistência de lavatório para higienização das mãos nas salas de actividades (60%). Os resultados sobre o grau de conhecimentos indicaram que apenas 30% e 35% tiveram formação na área de SHST e controlo de infecção, respectivamente.  Relativamente aos microrganismos mesofilos totais e Staphylococcus aureus os níveis de contaminação foram superiores nos, para avaliar as condições estruturais estabelecimentos em que foi detectado um maior número de não conformidades.  

 O presente estudo permitiu concluir que os profissionais necessitam de formação e orientações específicas especialmente na área de SHST e controlo de infecção, realçando ainda as questões básicas de higiene a aplicar nos estúdios de tatuagem e piercings, permitindo a aplicação de melhores práticas de trabalho em geral, minimizando situações de risco e, consequentemente, a redução de situações...

Fonte:  Revista Segurança (Brasil)



Na USP, sugerimos a criação de um manual de boas práticas para estúdios de tatuagens e piercings.

Na medida em que não existe uma legislação nacional específica no que toca a esta matéria e através da legislação e normas existentes noutros países, decidimos elaborar um manual de boas práticas direccionadas aos profissionais desta área, alertando para as condições higio-sanitárias do espaço, importância do uso de Equipamentos de Protecção Individual e características dos materiais e utensílios que devem ser utilizados. Neste manual pretendemos, também, alertar para a importância da desinfecção, esterilização e da recolha de resíduos produzidos nestes estabelecimentos, pois, como sabemos as práticas neles desenvolvidas são, de uma forma geral, desconhecidas por todos e podendo colocar em risco a saúde dos profissionais e clientes que os frequentam. 





Participei na reunião mensal da Unidade de Saúde Pública, onde se debateram vários assuntos, nomeadamente, assuntos de ordem interna como a entrega e o pedido de documentação aos vários Técnicos de Saúde Ambiental, etc.

No âmbito do estágio acabei por destacar alguns assuntos como:

  • Pedido de elaboração de um plano de acção que contenha as medidas a ter em conta em situações de temperaturas extremas adversas (frio, calor) para cada concelho; 

À semelhança dos anos anteriores, o desenvolvimento do Plano de Contingência Regional obriga a uma colaboração entre diferentes entidades e passa pela informação à população e aos profissionais da saúde, sobre as medidas para minimizar os efeitos das temperaturas extremas sobre a saúde, pela preparação, na comunidade, de recursos específicos a serem accionados em situações de alerta por Onda de Calor ou Frio e pela intervenção adequada dos Serviços de Saúde junto dos grupos mais vulneráveis.

Fonte: portal.arsnorte.min-saude.pt


No seguimento das vistorias efectuadas às escolas e dado que se têm verificado incumprimentos no que se refere às caixas de material de primeiros socorros, desde a sua inexistência, a estarem incompletas ou existir desconhecimento em relação ao seu conteúdo e manuseamento, decidiu-se a necessidade de tomar determinadas medidas, assim:

  • O Enfermeiro da USP, criou uma lista dos materiais e respectivas quantidades a colocar na mala de primeiros socorros, tendo-a colocado para análise de todos os presentes e recolha de opiniões e sugestões;
  • Debateu-se a importância de definir nas escolas pessoas responsáveis pela prestação dos cuidados de primeiros socorros e ao mesmo tempo proporcionar formação às mesmas nesta área.

            Estas reuniões são de extrema importância, visto que, há uma grande partilha de informação entre os Técnicos de saúde Ambiental, uniformizando os procedimentos a tomar por todos os técnicos, o que revela uma boa organização e coordenação do grupo de Saúde Ambiental que integra esta Unidade de Saúde Pública.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

SEMANA DE 14 A 18 DE NOVEMBRO 2011


            Vou iniciar mais uma semana de estágio com intensa actividade na Unidade de Saúde Pública, certamente, irei contactar com novas áreas da Saúde Ambiental que irão enriquecer esta experiência extraordinária, onde mais uma vez terei o privilegio de partilha-las convosco através do blogue.


O Programa de Vigilância Sanitária dos Estabelecimentos ou Espaços Destinados ao Público, visa conhecer e acompanhar todas as infra-estruturas, bem como o manuseamento e funcionamento dos seus equipamentos, materiais e utensílios, cuja actividade se revele de interesse para o público, como sejam, empreendimentos turísticos, estabelecimentos de restauração e bebidas, estabelecimentos de comércio e serviços, estabelecimentos de apoio social, espaços de jogo e recreio, unidades privadas de saúde, etc., a fim de reduzir ou evitar o risco para a saúde dos seus utilizadores.

Tal como os outros programas de vigilância compreendem as vertentes: tecnológica, analítica e epidemiológica.

A vertente tecnológica, refere-se à caracterização do espaço físico, e à avaliação das condições higio-sanitárias, de segurança e de funcionamento compreendendo a identificação e levantamento dos estabelecimentos dos vários ramos existentes; apreciação e análise de projectos, com emissão do respectivo parecer sanitário e realização de vistorias no âmbito de processos de licenciamento ou de rotina.

A vertente analítica, ainda que importante, neste programa ainda não existe, por razões que se prendem com a organização e gestão dos Laboratórios de Saúde Pública. No caso de estabelecimentos de restauração e bebidas, os resultados da qualidade traduzem-se pela classificação obtida mediante o preenchimento das fichas de caracterização, durante a vertente tecnológica.

A vertente epidemiológica, da responsabilidade das autoridades de saúde, contempla a realização de inquéritos epidemiológicos e a realização de estudos orientados para a avaliação de factores de risco, sempre que justificados pelos dados analíticos e epidemiológicos.

Fonte: http://www.arsalentejo.min-saude.pt

            A segunda semana de estágio começou com a participação na elaboração de um parecer, sobre um projecto de arquitectura destinado à construção de um armazém de bens alimentares.

            A orientadora de estágio começou por nos comunicar quais os documentos mais importantes que devem constar de um projecto, nomeadamente:

  • Ofício/Requerimento da Câmara Municipal ou do requerente a solicitar o parecer;
  • Informação relativa a área do estabelecimento, para saber qual taxa sanitária a cobrar (Decreto-Lei 8/2011 de 11 de Janeiro);
  • Uma memória descritiva, onde vem declarado o que se pretende construir/alterar/remodelar/ampliar, tipo de estabelecimento, descrição dos materiais utilizados na construção dos vários espaços (paredes, pavimentos, etc);
  • Tem de constar também no projecto as peças desenhadas. Para nós Técnicos de Saúde Ambiental, as peças mais importantes são a planta de localização, planta da cobertura, plantas de alçados e cortes (para analisar a dimensão do pé direito) e planta que contem todos os espaços e sua designação;

            Todo o parecer é suportado por legislação, neste caso em concreto foi aplicada a legislação que se utiliza uma forma geral a todos os estabelecimentos comerciais.


            Depois para a elaboração do parecer, também é importante a legislação específica de acordo com o tipo de estabelecimento, no nosso caso foi extremamente importante o Regulamento de Géneros Alimentícios (Regulamento/CE n.º 852/2004 de 29 de Abril)

            Após a análise de toda a documentação e sempre com base na legislação, surgiram algumas dúvidas e detectamos algumas lacunas que posteriormente serão comunicadas à entidade responsável pelo projecto (Câmara Municipal, requerente, arquitecto, etc), nomeadamente:

  • Falta de ventilação nos espaços/compartimentos interiores;
  • Não existe I.S. separadas por sexos, no caso de existência de trabalhadores de ambos os sexos;
  • Falta de barras bilaterais na I.S. para pessoas com mobilidade reduzida;
  • Sugeriu-se que o número de cacifos seja igual ao número de trabalhadores e que no refeitório seria importante a existência de um frigorífico.

            No decorrer deste processo complexo senti algumas dificuldades, nomeadamente, no que se refere á interpretação de algumas plantas, pois algumas apresentaram uma simbologia que desconhecia por completo.  


A técnica de Saúde Ambiental efectuou uma abordagem de todos os processos que integram a Vigilância Sanitária das Águas.
Deu-nos a conhecer:

  • O circuito dos pontos de colheita das águas que fazem parte da área de intervenção da USP;
  • Todos os procedimentos que são necessários antes de efectuar as colheitas, nomeadamente, o preenchimento da requisição de material aos serviços (laboratório), necessário para efectuar as colheitas, preparação da documentação (folha de requisição de análise, que inclui os seguintes campos: identificação da entidade gestora, descrição do ponto de amostragem, data e hora da colheita, identificação do grupo de parâmetros analisados na amostra, identificação dos parâmetros de campo (cloro, temperatura e pH)) que irão acompanhar as amostras recolhidas até ao laboratório de Saúde Pública;

  • O circuito de comunicação dos incumprimentos referentes ao controlo de Qualidade e Vigilância Sanitária (quem devemos informar, como informar e os timings obrigatórios);







  • Os grupos de parâmetros sujeitos para a análise de águas. Na região onde se insere a USP foram criados três grupos de parâmetros, de forma a simplificar os processos. A divisão está representada da seguinte forma:
1º Nível – Grupo de Parâmetros – P1
2º Nível – Grupo de Parâmetros – P2
3º Nível – Grupo de Parâmetros – P3

    1º Nível – Grupo de Parâmetros – P1
       Bactérias coliformes, E.Coli, Enterococos, Condutividade, pH (a ) e Desinfectante residual (a)
(a)      – A determinar no campo
  2º Nível – Grupo de Parâmetros - P2
Colónias a 22 ºC, Clostridium, Nitratos, Oxidabilidade, Ferro, Alumínio, Colónias a 37º, Turvação, Amónio, Nitritos, Manganês e Flúor
      3º Nível – Grupo de Parâmetros - P3
                  Cádmio, Cobre, Chumbo, Potássio, Trihalometanos, Crómio, Níquel, Sódio, Boro.


            Na companhia da orientadora e da minha colega de estágio, realizámos várias colheitas de águas, particularmente, águas para consumo humano, água destinada a Hemodiálise e águas de piscinas, de uso público.

ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO (ABASTECIMENTO PUBLICO E PARTICULAR)

O programa de vigilância sanitária das águas para consumo humano rege-se pelo disposto no Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de Agosto e é aplicado aos seguintes tipos de água:

- Água para consumo humano, proveniente de sistemas de abastecimento público e particular com utilização pública;

 - Água utilizada na indústria alimentar ou em estabelecimentos que manuseiam géneros alimentícios e que não estejam ligados a redes públicas de abastecimento;

- Águas acondicionadas e transportadas.

Cabe aos Serviços de Saúde Pública a caracterização e actualização dos sistemas de abastecimento. Quando se procede ao levantamento e caracterização dos vários sistemas de abastecimento (âmbito da vertente tecnológica), pretende-se entender e conhecer os diversos componentes do sistema, de forma a poder avaliar as suas condições de instalação e de funcionamento, aferindo assim acerca da eficiência e vulnerabilidade das infra-estruturas instaladas.

Com base no conhecimento e características dos seus sistemas, os Serviços de Saúde Pública (sensibilidade do sistema, população servida, infra-estruturas obsoletas ou inexistência destas, etc.), planeiam e executam um programa analítico de vigilância da qualidade da água independente das entidades gestoras. Alguns parâmetros como o teor de cloro residual livre e o pH são determinados no local.

As autoridades de saúde, no âmbito das suas competências e, com base nestes resultados, poderão ou não, caso se justifique, realizar estudos e inquéritos epidemiológicos direccionados para a avaliação do risco para a saúde resultantes da qualidade da água distribuída para consumo humano. Estas acções fazem parte do domínio da vertente epidemiológica.

Fonte: http://www.arsalentejo.min-saude.pt

           Na colheita de amostras de água para consumo humano (Abastecimento Público), foram realizadas análises bacteriológicas e químicas (P1, P2, P3), na colheita de amostras de água para consumo humano (Abastecimento Particular), foram realizadas análises bacteriológicas e químicas (P1, P2). Em ambas as colheitas, os parâmetros de campo, como o teor de cloro residual livre, temperatura e o pH foram determinados no local.



Procedimentos utilizados nesta colheita de amostras de água para consumo humano (Abastecimento Público)



            Esta actividade tem como suporte a seguinte Legislação:

O Decreto-Lei 306/2007, estabelece o regime da qualidade da água destinada ao consumo humano, proveniente de sistemas de abastecimento público e particular com utilização pública, água utilizada na indústria alimentar ou em estabelecimentos que manuseiam géneros alimentícios e que não estejam ligados a redes públicas de abastecimento, águas acondicionadas e transportadas.

A Recomendação ERSAR n.º 03/2010, estabelece os procedimentos para a colheita de amostras de água para consumo humano em sistemas de abastecimento, bem como os campos que constam de uma folha de registo de amostragem.


ÁGUA DESTINADA A HEMODIÁLISE

O Manual de Boas Práticas de Hemodiálise, definido pelo Despacho n.º14391/2001, de 10 de Julho, prevê a realização periódica de análises físico-químicas e microbiológicas à água utilizada nos tratamentos.

Em complemento ao controlo da qualidade da água da competência de cada unidade de diálise, os Serviços de Saúde Pública, mantêm uma vigilância regular da qualidade da água utilizada no centro de hemodiálise. São também realizadas periodicamente visitas técnicas às instalações como o intuito de verificar as condições higio-sanitárias, estruturais e de funcionamento das mesmas, bem como dos seus equipamentos e caso necessário, aplicação de medidas correctivas.

Fonte: http://www.arsalentejo.min-saude.pt

           Na colheita de amostras de água na Unidade de Hemodiálise, foram realizadas análises bacteriológicas, quer a entrada da estação de tratamento da unidade, quer à saída. Os parâmetros de campo, como o teor de cloro residual livre, temperatura e o pH foram determinados no local.



Procedimentos utilizados na colheita de amostras de água destinada a Hemodiálise



            Esta actividade tem como suporte a seguinte Legislação:

Despacho n.º14391/2001, de 10 de Julho, prevê a realização periódica de análises físico-químicas e microbiológicas à água utilizada nos tratamentos.

ÁGUA DE PISCINAS (DE USO PÚBLICO)

O programa de vigilância sanitária das piscinas, visa avaliar a qualidade da água dos tanques e verificar as condições das instalações, com o objectivo de evitar ou reduzir os riscos para a saúde dos seus utilizadores.

Neste programa, estão incluídas as piscinas públicas e particulares de utilização pública, nomeadamente, as integradas em estabelecimentos turísticos, escolas, ginásios e health clubs.

No âmbito da vertente tecnológica do programa de vigilância sanitária das piscinas, pretende-se identificar, conhecer e avaliar, as condições de instalação e funcionamento das piscinas (aspectos construtivos, organização dos espaços, revestimentos, circuitos hidráulicos e equipamentos de tratamento de águas, produtos químicos utilizados, higienização da piscina, etc.) e serviços anexos (instalações sanitárias, balneários e vestiários, postos de socorro, etc.), através de vistorias e apreciação de projectos.

A vertente analítica, pretende aferir acerca da qualidade da água dos tanques, e compreende o planeamento das colheitas, sua realização e posterior análise laboratorial, para pesquisa de indicadores microbiológicos de contaminação e determinação de parâmetros físico-químicos. Alguns parâmetros como o cloro residual livre, cloro combinado, pH e temperatura são determinados localmente aquando das colheitas.

A vertente epidemiológica é da competência das autoridades de saúde, as quais deverão realizar estudos orientados para a avaliação do risco para a saúde da qualidade da água dos tanques, quando justificados pelos dados analíticos e epidemiológicos, e visa estudar o impacto destes espaços na saúde dos seus utilizadores.
Fonte: http://www.arsalentejo.min-saude.pt

           Na colheita de amostras de água nas piscinas de uso público, foram realizadas análises bacteriológicas e químicas, os parâmetros como o teor de cloro residual livre, temperatura e o pH foram determinados no local.



Procedimentos utilizados na colheita de amostras de água nas piscinas de uso público



            Esta actividade tem como suporte a seguinte Legislação:

A Directiva CNQ 23/93, a presente directiva tem por objectivo fixar, com carácter geral, as disposições de segurança higio-sanitárias, técnicas e funcionais que devem ser observadas nas piscinas e nos estabelecimentos dedicados a actividades recreativas aquáticas correlacionadas de uso público.

Circular Normativa da Direcção Geral de Saúde, n.º 14/DA 21 de Agosto de 2009, a presente circular tem como objectivos gerais:

Uniformizar procedimentos relativos à vigilância sanitária de piscinas, a adoptar pelos serviços de saúde pública, apresentando esquematicamente as várias acções a empreender no âmbito desse programa;

Indicar os parâmetros microbiológicos e físico-químicos a analisar, os valores de referência máximos (ou indicativos) e as técnicas de amostragem no âmbito das acções de monitorização da qualidade da água da piscina e do ar, quando necessário.

           Na minha opinião esta experiência foi bastante positiva, visto que possibilitou aplicar os conhecimentos adquiridos em sala de aula (teóricos) referentes à área das águas, desde como realizar as colheitas e todos os procedimentos a estas inerentes.

           Fiquei também agradado, no que respeita aos parâmetros que foram determinados nos locais (cloro residual livre, temperatura e o pH), pois todos se encontravam conforme a legislação, revelando em princípio, bons indícios no que se refere à qualidade das águas que foram alvo de colheita.  





 “A evidência científica tem demonstrado que existe uma relação entre a qualidade do ambiente e a saúde das crianças.

As principais ameaças à saúde das crianças advêm de deficientes condições de vida básicas, tais como a poluição do ar interior e exterior, a água insalubre, os alimentos inseguros, o saneamento básico impróprio, as construções inadequadas, mas também os deficientes sistemas de mobilidade e transportes, o ruído, os produtos químicos e os campos electromagnéticos, entre outros.

Os membros mais vulneráveis de uma sociedade não deverão pagar o preço da incapacidade dessa mesma sociedade em os proteger dos riscos do meio ambiente. 

A escola, na procura permanente de um ambiente mais saudável para as crianças, deverá assegurar saneamento básico, água de qualidade, ambiente de suporte à actividade física e à mobilidade segura, ar interior e exterior livres de poluição, assim como reduzir a exposição das crianças aos riscos físicos, químicos e biológicos”

(Programa Nacional de Saúde Escolar, Ministério da Saúde)

No contexto Europeu, a Organização Mundial da Saúde (OMS), em Health for all, estabeleceu metas de saúde para os próximos anos, tendo a promoção da saúde e os estilos de vida saudáveis uma abordagem privilegiada no ambiente escolar, e os serviços de saúde um importante papel na promoção, prevenção, diagnóstico e tratamento, no que se refere à saúde das crianças e à escolarização. 

(OMS. Health 21. Health for all in the 21st century. World Health Organization. Regional Office for Europe. Copenhagen. 1999.)

            Ao longo desta semana e na companhia da Técnica de Saúde Ambiental outra das tarefas que realizei no estágio, foi a vistoria a uma escola Básica Integrada do concelho. A vistoria teve como base de orientação a Ficha de Avaliação das Condições de Segurança, Higiene e Saúde dos Estabelecimentos de Educação e Ensino, do Ministério da Saúde, bem como as normas e legislação aplicável.



            Esta tarefa começou por se realizar na cozinha, onde encontra-mos várias anomalias, não irei relatar todas as que foram identificas, mas irei expor as que considerei mais relevantes, o mesmo se sucederá com os restantes espaços da escola.

COZINHA

 

CORREDORES E SALAS DE AULA


ESPAÇOS EXTERIORES



PAVILHÃO/GINÁSIO



INSTALAÇÕES SANITÁRIAS




            Tendo por base as anomalias que descrevi anteriormente, apercebo-me que a maioria das escolas do nosso concelho e até do país apresentam graves problemas para os seus alunos.

            Os problemas que persistem nas escolas ficam na maioria dos casos a dever-se ao facto de estas serem antigas, apresentando algum estado de degradação.

            É sabido que as escolas dependem de grandes verbas para resolver os seus problemas e que a conjuntura política e económica do país não é a mais favorável, o que origina dificuldades a nível das acções de manutenção ou de readaptação a que as escolas deveriam ser sujeitas periodicamente, expondo desta forma os alunos destes estabelecimentos a vários riscos.

Contudo os Técnicos de Saúde Ambiental, têm a capacidade de sugerir medidas correctivas e preventivas economicamente favoráveis que são capazes de resolver e atenuar parte destes problemas.