sábado, 12 de novembro de 2011

SEMANA DE 07 A 11 DE NOVEMBRO 2011


            Primeiro dia de estágio, existe um nervoso miudinho, muitas expectativas e uma enorme vontade de começar a trabalhar nas diversas áreas que abrangem a saúde ambiental.
            Durante os próximos três meses irei integrar, junto com uma colega de curso a equipa da Unidade de Saúde Pública, que é constituída por uma equipa especializada e multidisciplinar, que integra técnicos das mais diversas áreas, entre elas a medicina, engenharia, saúde ambiental, psicologia, serviço social, enfermagem, entre outras.
             O dia começou com uma breve apresentação da técnica de Saúde Ambiental responsável pela orientação do estágio e esta posteriormente, teve a gentileza de apresentar toda a equipa que integra a Unidade de Saúde Publica.
            Seguidamente houve a passagem de vária informação correspondente ao funcionamento da USP (regulamento interno, plano de actividades, competências da autoridade de saúde), por parte da tutora de estágio.
            Inteiramo-nos da legislação, nomeadamente, referente às competências da autoridade de saúde. (Decreto-Lei n.º 82/2009 de 2 de Abril, estabelece as regras de designação, competência e funcionamento das entidades que exercem o poder de autoridade de saúde.)





Fiquei também informado que a cada mês, para além do funcionamento normal da USP, existe um tema sobre o qual se irá intervir com mais frequência:

  • O mês de Novembro/2011 será dedicado ao levantamento de todas as clínicas e consultórios dentários existentes no concelho e também efectuadas as respectivas vistorias.


            Na sequência desta informação começa-mos por efectuar uma recolha de todas as clínicas e consultórios dentários existentes na base de dados da USP, com o objectivo de criar uma grelha com vários parâmetros de forma a facilitar o levantamento da informação recolhida nas vistorias. Estas vistorias são realizadas no âmbito da vigilância das condições higio-sanitárias
            Esta actividade tem também como suporte a seguinte Legislação:
            Portaria n.º 268/2010 de 12 de Maio. A presente portaria estabelece os requisitos mínimos relativos à organização e funcionamento, recursos humanos e instalações técnicas para o exercício da actividade das clínicas ou consultórios dentários.


            ORIENTAÇÃO 009-2011, de 30-03-2011 - Vigilância sanitária de clínicas e consultórios dentários. Esta orientação é um instrumento de trabalho que permite uniformizar a intervenção dos serviços de saúde, a nível nacional, no âmbito da vigilância sanitária de clínicas e consultórios dentários.



Promoção da Saúde














Instituto analisou 41 fontes em Sintra, mas defende que risco para a saúde pública é extensível a milhares de nascentes espalhadas no país.
            "Já o meu avô e o meu pai lá bebiam", "eu sempre bebi esta água e nunca me fez mal". São frases usadas como justificação por muitas pessoas para continuarem a ingerir água dos milhares de fontanários espalhados pelo país, refere Helena Rebelo, coordenadora do Departamento de Saúde Ambiental do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (Insa), coordenadora de um estudo que encontrou nestas nascentes águas com "um elevado risco para a saúde" e onde se diz que "a grande maioria das bicas e fontanários existentes em Portugal não possui água de qualidade adequada para consumo humano".
            Estamos em pleno Verão, época de viagens e paragens para refrescar em fontes de beira de estrada. Helena Rebelo não aconselha as pessoas a beberem nestes locais, mesmo que o tenham feito antes sem problemas de saúde associados.
            No estudo que coordenou, avaliou 41 fontanários localizados na área de Sintra e "só dois tinham águas em condições de ser bebida e eram muito poucos os que tinham placas a indicá-lo", enquanto 38 se revestiam de "um alto risco para a saúde, podendo desencadear doenças infecciosas".
            Helena Rebelo defende que, embora esta não seja uma amostra estatisticamente representativa do país, o alerta de perigo para a saúde pública é extensível a milhares de outras fontes espalhadas pelo país, que, em regra, não são vigiadas. "A maior parte dos fontanários estão ao abandono", lembra, sublinhando que "continuam por definir competências em matéria de gestão e preservação destes recursos hídricos". O estudo foi divulgado recentemente no site da instituição e as amostras de água foram recolhidas entre Fevereiro de 2006 e Abril de 2007.
            O estudo conclui que "a grande maioria das bicas e fontanários existentes em Portugal não possui água de qualidade adequada para consumo humano", lê-se, identificando-se como "um problema real de saúde pública que requer a atenção das autoridades de saúde, das autarquias locais e da população em geral".
            A investigadora do Insa nota que algumas pessoas até escolhem este tipo de água por oposição à água da rede pública, a qual, apesar de tratada e sujeita a análises regulares, ainda é olhada com desconfiança. O próprio estudo alude à convicção de que "algumas nascentes naturais possuem propriedades terapêuticas". "Ainda existe a ideia de que as águas não tratadas são naturais. Agora o que é natural é bem. É difícil mudar mentalidades", constata.
            O problema é que "as fontes de poluição continuam a aumentar". Tanto podem ser uma fossa séptica como pastagens com animais ou rupturas em redes de esgotos. Aliás, a própria agricultura e o uso de pesticidas e fertilizantes colocados no solo podem ser também a origem do problema. Nalgumas fontes foram encontrados nitratos de origem agrícola.
            O facto de uma pessoa ter consumido dessa água contaminada e não ter ficado doente não faz dessa água própria para consumo. "Não basta um copo para se ficar doente", alerta, notando ainda que os organismos não reagem da mesma forma e que crianças ou pessoas com doenças pré-existentes e com o sistema imunitário mais vulnerável podem estar propensas a complicações.
            A "contaminação microbiológica de origem fecal", que foi encontrada em 87,8 por cento das análises afectadas, incluindo a presença da agora famosa bactéria Escherichia coli, tem como complicação mais comum a gastreenterite, com sintomas como febre, diarreia e vómitos.
            Como consequência do trabalho, a autarquia passou a assinalar as fontes com água imprópria para consumo, nota Helena Rebelo, mas o estudo propõe o seu encerramento.
            Deco alertou para contaminação
            A Associação Portuguesa para a Defesa dos Consumidores (Deco) divulgou em Junho o resultado a uma análise a 35 fontanários de norte a sul do país que demonstrou que 12 tinham água imprópria para consumo. Ou seja, uns em cada três continham água de má qualidade. "Ingeri-la é arriscar a saúde, pois não tem ligação à rede pública, nem tratamento ou controlo", lia-se na revista Proteste. O problema foi a contaminação bacteriológica por Escherichia coli, Enterococus, Clostridium Perfringens ou coliformes fecais, presentes em fontanários de dez localidades - Almeida, Baião, Beja, Elvas, Loulé, Nisa, Santarém, Santiago do Cacém, Vale de Cambra e Santa Maria de Viseu. Já em Caneças, Odivelas, a água excedia o limite máximo de chumbo e alumínio e em Abrantes o problema eram valores de manganês. Em 2004, a revista Teste Saúde tinha feito um estudo semelhante, voltando agora a estudar os mesmos 18 fontanários que revelaram água contaminada.
Publicado em 11/07/2011, in público


            ODecreto-Lei 306/2007, estabelece o regime da qualidade da água destinada ao consumo humano, referenciando também o que as entidades responsáveis devem fazer caso se utilizem fontanários como forma de abastecimento de água para consumo humano ou caso se verifique água imprópria para consumo nos mesmos. 

            No seguimento desta problemática, ao longo desta semana tive também o privilégio de participar numa reunião entre a USP, a entidade responsável pela gestão de águas para consumo humano e as juntas de freguesia do concelho, para debater a situação dos fontanários que apresentam água não controlada nessas mesmas freguesias. Foi também debatido o problema dos poços e fossas que estão a descoberto e desprotegidos nestas mesmas freguesias.

            A reunião surpreendeu-me pela positiva, visto que, houve por parte dos presidentes de Junta uma grande aceitabilidade para colaborar com a USP e a empresa gestora das águas do concelho, na resolução dos problemas em questão.
            Os presidentes de junta disponibilizaram-se para fornecer informação (placas com o dístico água não controlada) e elucidar as suas populações para os riscos na saúde que estes correm, por consumir água não controlada nos fontanários.
            Achei bastante oportuno o facto de a USP aproveitar a presença dos presidentes de junta e também alertar para o problema dos poços e fossas sem protecção que se encontram nas suas freguesias, incentivando estes a tentar resolver esta situação, este também factor de risco para as populações em causa.
             O Decreto-lei310/2002 de 18 de Dezembro, no artigo 42º faz referência à obrigatoriedade de protecção contra quedas em resguardos, coberturas de poços, fossas, fendas e outras irregularidades no solo.





















Nos últimos anos tem ocorrido em Portugal fenómenos de vagas de frio. A alteração de intensidade e frequência destes fenómenos, provocam graves riscos para a saúde humana, contribuindo para o aumento do número de mortes associados a temperaturas extremas.
“Plano de contingência nacional para as vagas de frio, ARSLVT”


            Realizamos uma abordagem sobre as problemáticas relacionadas com a época do frio, doenças relacionadas com a exposição ao frio, medidas e cuidados a adoptar.
            Procedemos à elaboração de um folheto com o intuito de sensibilizar a população nos cuidados a ter em situação de exposição ao frio, dando especial atenção aos grupos de pessoas mais vulneráveis.



Queixa de Insalubridade











   
         Na sequência de uma queixa de insalubridade, a equipa da USP, a qual eu integrei, deslocamo-nos a um jardim-de-infância para atestar a veracidade da existência de roedores neste espaço. Na deslocação não foram detectados quaisquer roedores, mas no entanto a USP efectuou todos os contactos juntos das entidades responsáveis pela eliminação dos roedores no espaço e também sugeriu a desinfecção do jardim-de-infância na sua totalidade e diariamente até que o problema se resolva por completo.
            Para que de uma forma geral se possa compreender um pouco a dimensão do problema e os efeitos que o contacto com ratos pode causar na nossa saúde, fica um pequeno registo.


“ Os ratos são extremamente prolíferos, resistentes e têm grande capacidade de reprodução. São considerados um problema de saúde pública em todos os continentes.
Os ratos provocam inúmeros prejuízos ao homem. Além da transmissão de doenças (leptospirose, tifo, peste bubônica, febre hemorrágica, para citar apenas algumas), ainda podem provocar danos em fios, cabos de máquinas e instalações eléctricas e telefónicas.
As espécies mais comuns no meio urbano são rattus norvegicus (ratazana), rattus rattus (rato de telhado ou rato preto) e mus musculus (camundongo).”

http://www.atackcontroledepragas.com.br/?op=include/pragas - consultado em 11 de Novembro de 2011.



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