segunda-feira, 28 de novembro de 2011

SEMANA DE 21 A 25 DE NOVEMBRO


Mais uma semana decorrida, o tempo voa quando se faz aquilo que se gosta, é mesmo gratificante sentir que se esta a ir no bom caminho.

Por falar em caminho, através do meu blogue irei dar-vos a conhecer os trilhos da Saúde Ambiental percorridos ao longo desta semana.



Juntamente com a orientadora de estágio, participei na elaboração do relatório resultante da vistoria a uma Escola Básica Integrada existente no concelho.

O relatório, no qual irão referenciadas todas as anomalias detectadas durante a vistoria, será enviado a todas as entidades que são responsáveis pelo funcionamento da escola, nomeadamente, Empresa responsável pelo confecção de refeições, Câmara Municipal, Direcção da escola e Direcção Regional de Educação, com o objectivo destes se inteirarem das mesmas, por forma a adoptar medidas e acções para colmatar os problemas.

O envio do relatório às respectivas entidades é o procedimento final do Técnico Saúde Ambiental, no que respeita à avaliação das condições de segurança, higiene e saúde dos estabelecimentos de educação e ensino.


Juntamente com alguns elementos da Unidade de Saúde Pública, participei numa sessão de Apresentação dos Planos de Gestão das Bacias Hidrográficas integradas na Região Hidrográfica 6 (Sado e Mira) e Região Hidrográfica 7 (Guadiana), promovida pela Administração da Região Hidrográfica do Alentejo (ARHAlentejo).


A Administração da Região Hidrográfica do Alentejo, I.P. entrou em funcionamento no passado dia 1 de Outubro de 2008.
A ARH do Alentejo, I.P., sediada em Évora, é um instituto público periférico integrado na administração indirecta do Estado, dotado de autonomia administrativa e financeira, e que prossegue atribuições do Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território, sob a superintendência e tutela do respectivo Ministro.
As Administrações de Região Hidrográfica foram criadas em cumprimento das orientações definidas na Lei da Água, que consagra o principio da região hidrográfica como unidade de planeamento e de gestão das águas, tendo por base a bacia hidrográfica com estrutura territorial, e possuem como missão, proteger e valorizar as componentes ambientais das águas, bem como proceder à gestão sustentável dos recursos hídricos no âmbito das respectivas circunscrições territoriais de actuação.

Neste contexto, todas as atribuições em matéria de recursos hídricos passaram a ser assegurados pelas ARH, I.P., cessando o regime transitório definido no artigo n.º 103 da Lei da Água, transitando deste modo, das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, o exercício das competências de licenciamento e fiscalização, bem como o exercício das restantes competências asseguradas neste período pelo Instituto da Água.

A área de jurisdição da ARH do Alentejo, I.P. integra 48 concelhos e abrange as regiões hidrográficas do Sado e Mira (RH 6), e do Guadiana (RH 7), sendo a respectiva delimitação geográfica efectuada pelas linhas georreferenciadas definidas no mapa constante do anexo I do Decreto-Lei nº 347/2007, de 19 de Outubro.

Fonte: www.arhalentejo.pt




Na sessão promovida por esta entidade foram abordados vários pontos:

  • Planos de Gestão das Bacias Hidrográficas integrados nas Regiões Hidrográficas 6 e 7;
  •  Caracterização e Diagnóstico das Bacias Hidrográficas e cenários Prospectivos;
  • Análise Económica dos Usos da Água;
  • Objectivos Ambientais e Programa de Medidas;
  • Implementação e Acompanhamento dos PGBH.


Para mim a sessão foi bastante interessante, sendo as RH 6 e RH7 as regiões que servem a nossa área de intervenção a nível de Saúde Pública, foi importante ficar com uma noção das perspectivas a longo prazo para estas Regiões Hidrográficas, nomeadamente, no que respeita a investimentos financeiros para a implementação de medidas e acções de melhoramento da qualidade da água (água para consumo humano, rega, sector energético), os custos da água e a sua evolução (relação custo-beneficio, relação gastador-pagador), também os factores que colocam aquíferos em risco, objectivos ambientais propostos para estas regiões hidrográficas, etc.

Conhecendo a importância da água como elemento essencial à vida, fiquei agradado com os níveis da quantidade e qualidade das águas quer superficiais, quer subterrâneas, nas Regiões Hidrográficas do país e especialmente nas que servem o meu concelho.






Com a orientadora de estágio, debatemos a check-list a utilizar nas vistorias às clínicas e consultórios dentários, com o objectivo de nos inteirarmos dos vários pontos que a constituem, garantindo uma melhor orientação nas vistorias que se irão efectuar. 




Nesta semana debateu-se o tema da higiene e boas práticas de trabalho em estúdios de tatuagens e piercing.

3 DE MAIO DE 2011
Avaliação da higiene e práticas de trabalho em estúdios de tatuagem e perfuração.

Por: Sara Teixeira, Marisa Freitas, Matilde Rodrigues, Manuela Vieira da Silva.

Nos últimos anos o número de pessoas que aderiu  à aplicação de tatuagens e piercings aumentou significativamente. Ambas as técnicas são invasivas e fragmentam a integridade da pele. Se não forem contempladas condições apropriadas em termos de instalações, funcionamento, boas práticas de higiene e medidas que minimizem o potencial de contaminação…
...os clientes e profissionais deste tipo de estabelecimentos estão expostos a vários riscos, nomeadamente químicos e biológicos.

O objectivo deste estudo foi avaliar o grau de higiene e de conhecimento dos profissionais relativamente aos procedimentos e medidas de prevenção utilizadas nestas práticas. Foi aplicada uma check-list,  para avaliar as condições estruturais e higio-sanitarias dos estúdios, e um questionário para avaliar o nível de formação e conhecimento dos profissionais sobre procedimentos de controlo de infecção e Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SHST). Foi ainda estudado o grau de contaminação microbiológica das superfícies e equipamentos de trabalho.

Ao nível estrutural foram encontradas não conformidades relacionadas com a inexistência de separação física entre as salas de realização de tatuagens,  piercings e esterilização (60%) e a inexistência de lavatório para higienização das mãos nas salas de actividades (60%). Os resultados sobre o grau de conhecimentos indicaram que apenas 30% e 35% tiveram formação na área de SHST e controlo de infecção, respectivamente.  Relativamente aos microrganismos mesofilos totais e Staphylococcus aureus os níveis de contaminação foram superiores nos, para avaliar as condições estruturais estabelecimentos em que foi detectado um maior número de não conformidades.  

 O presente estudo permitiu concluir que os profissionais necessitam de formação e orientações específicas especialmente na área de SHST e controlo de infecção, realçando ainda as questões básicas de higiene a aplicar nos estúdios de tatuagem e piercings, permitindo a aplicação de melhores práticas de trabalho em geral, minimizando situações de risco e, consequentemente, a redução de situações...

Fonte:  Revista Segurança (Brasil)



Na USP, sugerimos a criação de um manual de boas práticas para estúdios de tatuagens e piercings.

Na medida em que não existe uma legislação nacional específica no que toca a esta matéria e através da legislação e normas existentes noutros países, decidimos elaborar um manual de boas práticas direccionadas aos profissionais desta área, alertando para as condições higio-sanitárias do espaço, importância do uso de Equipamentos de Protecção Individual e características dos materiais e utensílios que devem ser utilizados. Neste manual pretendemos, também, alertar para a importância da desinfecção, esterilização e da recolha de resíduos produzidos nestes estabelecimentos, pois, como sabemos as práticas neles desenvolvidas são, de uma forma geral, desconhecidas por todos e podendo colocar em risco a saúde dos profissionais e clientes que os frequentam. 





Participei na reunião mensal da Unidade de Saúde Pública, onde se debateram vários assuntos, nomeadamente, assuntos de ordem interna como a entrega e o pedido de documentação aos vários Técnicos de Saúde Ambiental, etc.

No âmbito do estágio acabei por destacar alguns assuntos como:

  • Pedido de elaboração de um plano de acção que contenha as medidas a ter em conta em situações de temperaturas extremas adversas (frio, calor) para cada concelho; 

À semelhança dos anos anteriores, o desenvolvimento do Plano de Contingência Regional obriga a uma colaboração entre diferentes entidades e passa pela informação à população e aos profissionais da saúde, sobre as medidas para minimizar os efeitos das temperaturas extremas sobre a saúde, pela preparação, na comunidade, de recursos específicos a serem accionados em situações de alerta por Onda de Calor ou Frio e pela intervenção adequada dos Serviços de Saúde junto dos grupos mais vulneráveis.

Fonte: portal.arsnorte.min-saude.pt


No seguimento das vistorias efectuadas às escolas e dado que se têm verificado incumprimentos no que se refere às caixas de material de primeiros socorros, desde a sua inexistência, a estarem incompletas ou existir desconhecimento em relação ao seu conteúdo e manuseamento, decidiu-se a necessidade de tomar determinadas medidas, assim:

  • O Enfermeiro da USP, criou uma lista dos materiais e respectivas quantidades a colocar na mala de primeiros socorros, tendo-a colocado para análise de todos os presentes e recolha de opiniões e sugestões;
  • Debateu-se a importância de definir nas escolas pessoas responsáveis pela prestação dos cuidados de primeiros socorros e ao mesmo tempo proporcionar formação às mesmas nesta área.

            Estas reuniões são de extrema importância, visto que, há uma grande partilha de informação entre os Técnicos de saúde Ambiental, uniformizando os procedimentos a tomar por todos os técnicos, o que revela uma boa organização e coordenação do grupo de Saúde Ambiental que integra esta Unidade de Saúde Pública.

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