domingo, 11 de dezembro de 2011

SEMANA DE 28 NOVEMBRO A 2 DE DEZEMBRO



                Estou quase a completar um mês de estágio, que maravilha, nem dou pelo tempo passar, têm sido semanas de grande aprendizagem.

            Gostava de informar os seguidores do blogue que por vezes existe a necessidade de publicar mensagens sobre temas já debatidos anteriormente, pois a actividade profissional do Técnico de Saúde Ambiental assim o exige e também para que consiga publicar todas as etapas referentes aos temas abordados, por forma a enriquecer o blogue para todos os visitantes.

            Então


            Na sequência da anterior publicação “Vigilância sanitária a clínicas e consultórios dentários”, chega agora o momento de realizar algumas vistorias de rotina a Clínicas Médico-Dentárias do concelho, para verificação dos requisitos constantes na Portaria nº 268/2010, de 12 de Maio.

           Na companhia da orientadora de estágio, e da minha colega de estágio realizamos vistorias a duas Clínicas Médico-Dentárias.

            O relatório resultante destas vistorias foi bastante distinto, na medida em que uma das Clínicas perfazia quase todos os requisitos exigidos pela legislação, salvo algumas situações de menor exigência. Como por exemplo: Os cacifos dos funcionários não se encontravam devidamente identificados com os respectivos nomes.

            Em contrapartida a outra Clínica vistoriada encontrava-se num estado completamente caótico, não respeitando na sua larga maioria os requisitos exigidos pela legislação. Como por exemplo: O material clínico estava armazenado num armário que se encontrava nas instalações sanitárias, o circuito de esterilização não era progressivo e continha pontos de contacto, o extintor encontrava-se fora da validade, …

            Para mim a ultima vistoria deixou-me bastante decepcionado no que respeita às condições de higiene, e reticente em relação às práticas desenvolvidas nesta unidade privada de saúde, pois as condições encontradas poderão trazer problemas a nível de saúde pública.

            Sabe-se que no país, infelizmente, a situação que descrevi replica-se de Norte a Sul, e não é compreensível que nos dias que correm os Médicos Dentistas, profissionais que exercem uma função tão exigente e complexa, em que estes são obrigados a ter um conhecimento profundo no que respeita a conceitos como Desinfecção, Esterilização, Radiações, Contaminação, Resíduos, Higiene, e outros de igual importância, é inadmissível estes descorarem tais conceitos e ignorarem a legislação que suporta a sua actividade profissional.  


            A notícia que anexo a esta publicação é bastante esclarecedora dos perigos a nível de saúde pública que advêm das clínicas que se encontram em inconformidade. 

Cinco unidades fecharam total ou parcialmente e sete tiveram de eliminar materiais irregulares ou fora de prazo 
 Um terço das clínicas dentárias tem condições de higiene que podem gerar perigo ou risco grave para a saúde pública. A conclusão integra o relatório da Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS), no âmbito de uma fiscalização a consultórios privados, feito com o apoio da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD). Das 36 clínicas investigadas, 12 foram alvo de medidas cautelares de saúde pública, como o encerramento.
As condições de higiene eram, aliás, um dos pontos centrais daquela que é a primeira investigação feita na área da medicina dentária privada. Todas as 36 clínicas investigadas apresentavam deficiências nas instalações ou nas condições de higiene, o que motivou recomendações. Ler mais clique aqui.


Publicado em 28/03/2010, in diário de notícias





            Também na sequência de uma outra publicação Avaliação das Condições de Segurança, Higiene e Saúde dos Estabelecimentos de Educação e Ensino”.

            Sob orientação da Técnica de Saúde Ambiental e com a minha colega de estágio, introduzi no formulário electrónico da Direcção Geral de Saúde todos os itens que constam da Ficha de Avaliação das Condições de Segurança, Higiene e Saúde dos Estabelecimentos de Educação e Ensino, que foi preenchida no decorrer da vistoria.

            O preenchimento da Ficha é feito através da página web da Direcção-Geral da Saúde. A cada Centro de Saúde foi atribuído um Login que consiste no «Nome do utilizador e senha de acesso».



            Esta aplicação permite aceder aos ‘Formulários’ e registar a informação recolhida no Formulário electrónico “Avaliação das condições de segurança, higiene e saúde dos estabelecimentos de educação e ensino”. A informação ficará guardada numa base de dados, o que permitirá efectuar a sua análise através de quadros de apuramentos, que poderão ser executados on-line.

































             Completando desta forma todos os procedimentos que são da competência do Técnico de Saúde Ambiental referentes a esta temática.

            Os dados posteriormente ficarão disponíveis para tratamento e consulta pelo Ministério da Saúde. Esta entidade através da sua consulta fica com o conhecimento geral das condições em que a escola se encontra, ou seja qual a classificação resultante da avaliação (Bom, Razoável, Má). 


MANUAL BOAS PRÁTICAS PARA ESTUDIOS TATUAGENS E PIERCING, CABELEIREIROS E ESTECTICA

Dando seguimento a publicação anterior relacionada com a elaboração de um Manual de Boas Práticas em estúdios de Tatuagens e Piercings, no qual estamos a trabalhar.

Vimos por bem sugerir às nossas colegas de curso que estão a estagiar noutros concelhos, mas que se incluem na mesma Unidade de Saúde Pública, que preparassem também Manuais de Boas Práticas para estabelecimentos de Cabeleireiro e Estética, uma vez que estes espaços desenvolvem práticas e utilizam materiais semelhantes aos existentes nos estúdios de Tatuagens e Piercings e os clientes estão também expostos a riscos semelhantes para a sua saúde.


Não existindo uma legislação específica que regulamente estas actividades, será interessante e benéfico para a USP reunir esta informação, na medida em que a unidade já terá algumas orientações importantes caso exista a necessidade de intervir num destes estabelecimentos.
As orientações irão incidir acima de tudo sobre as condições das infra-estruturas, higiene e procedimentos (manuseamento de produtos e utensílios, utilização de EPI’s, higiene pessoal, gestão de etc) a adoptar pelos profissionais que trabalham nesta área, com o objectivo de eliminar ou reduzir os riscos para a saúde resultantes destas actividades.



          Esteja atento a este blogue, irão surgir mais publicações com temas interessantes relacionados com a Saúde Ambiental.

ATÉ BREVE…


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